sábado, 10 de abril de 2010

Rascunho Nº2 ( vou me arrepender de postar meus rascunhos, mas enfim...)

Tinha dezessete quando o conheci, nunca imaginei pensar nele todos os dias, mas aconteceu...
Lembro-me da mania de contar piadas curtas, e rir de todas elas, mas ter aquele olhar fundo e triste, como se fosse uma proteção contra ele mesmo, na verdade, nem eu ultrapassei essa proteção. Acho que nós éramos felizes; quer dizer, poderíamos ter sido, ou coisa parecida, mas pelo o que eu me lembro, os fatos não me doem tanto, só o de não tê-lo mais comigo, isso sim dói.
Era minha pessoa tímida e sem atitude predileta, ele me fazia enxergar o quão preguiçosa eu era ( e ainda sou ) na verdade, aprendi a 'querer' com ele, nunca quis ninguém antes, até ter que dar todas as minhas gotas de suor, toda a minha preocupação, todos os minutos antes de eu dormir , para um garoto, o qual me queria por inteira, mas não doava nem um terço de si ( talvez por esse motivo não demos certo, vai saber...)

Nunca me senti tão abandonada e desprezada como naqueles meses, me destrui por algumas semanas, até que me convenci que ele não voltaria mais, não por enquanto... até agora, nada!
Sinto saudades, se não sentisse não estaria aqui escrevendo, mas a questão é, até quando? até quando todos os minutos antes do meu sono serão dele, até quando compararei todos os garotos de 18 com ele? quanto tempo mais vou esperar ser bem sucedida, estar andando com um copo de café nas mãos, ouvir meu nome, e quando me viro, é ele, com uma barba, mochila nas costas, no ponto de ônibus, sorrindo pra mim, depois de anos... penso nisso todos os dias desde que ele se foi.

Lembro do cheiro da jaqueta de couro que eu odiava, mas hoje em dia, todo homem de jaqueta que passa por mim, me atrai. Parece que as vezes o sinto, as mãos, os braços, os abraços, a cama apertada no quarto que cheirava sabão em pó, e a prateleira que eu sempre temia bater a cabeça e me machucar, mas acabei por me machucar com outra coisa... e até hoje não curou.

Sentir sua falta, virou parte de mim, e parece não sair mais, é como se eu gostasse de conviver com isso, toda pessoa precisa de um drama e esse é o meu. Na verdade, essa dor é uma particularidade minha, já não sei viver sem ela, por isso, continue onde está.

Um comentário:

Mayra Czinski disse...

Faz parte méégzz! Como diz a música:

" I don't know, maybe we'll be together again... sometime... in another life! "

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